Fora do Sistema Solar, sonda Voyager 1 explorará ambiente desconhecido

16/09/2013 23:43
Os Estados Unidos choravam a morte repentina do cantor Elvis Presley em 1977, quando a Nasa lançou as sondas Voyager 1 e 2 em uma missão sem precedentes para explorar planetas do Sistema Solar.
 
Hoje, 36 anos depois, a Voyager 1 se tornou o primeiro objeto construído pelo homem a se aventurar na solidão do espaço interestelar, segundo informações divulgadas na quinta-feira.
 
Ela está a 19 bilhões de quilômetros de casa. Assim como sua irmã, a Voyager 2, que também se dirige para a fronteira do Sistema Solar em uma trajetória diferente, a sonda de 722 quilos leva uma cápsula do tempo, um disco folheado a ouro que fornece imagens e sons da vida na Terra em 1977 para qualquer alienígena inteligente que possa encontrar pelo caminho.
 
A cientista Rosine Lallement, do Observatório de Paris, informou à AFP que a Voyager 1 agora está literalmente empurrando a fronteira do conhecimento. "Pela primeira vez, uma sonda está em um ambiente que nunca foi visitado antes por um objeto feito pelo homem", explicou.
 
 A Nasa anunciou que a sonda Voyager 1 se tornou o primeiro objeto feito pelo homem a cruzar o limite do Sistema Solar. Há 36 anos vagando pelo espaço, a Voyager 1 está hoje a 19 bilhões de quilômetros do Sol. Segundo a agência espacial, a Voyager 1 tem viajado há cerca de um ano através de plasma (gás ionizado), presente no espaço entre as estrelas. Veja a seguir algumas das mais importantes imagens feita pela sonda e sua irmã, a Voyager 2, ao passarem pelos planetas gigantes gasosos do nosso Sistema.      FOTO: AP
 
"Será intrigante ver o que acontece a seguir", acrescentou. As Voyagers foram concebidas originalmente para fazer estudos de aproximação de Júpiter e Saturno, dos anéis de Saturno, e das grandes luas.
 
Em seguida, elas seriam enviadas para fazer sobrevoos adicionais aos dois planetas gigantes mais distantes, Urano e Netuno. Depois desta proeza, a nave foi enviada para sua última viagem: os limites do Sistema Solar e além.
 
As sondas Voyager 1 e 2 são naves idênticas, dotadas de câmeras de televisão (desligadas para economizar energia e memória de computador), sensores infravermelhos e ultravioleta, magnetômetros, detectores de plasma e sensores de raios cósmicos e de partículas carregadas.
 
Os sinais de volta são enviados com uma potência de 20 watts, o equivalente a uma lâmpada de refrigerador, tornando-os tão fracos que só podem ser captados pelos grandes "ouvidos" da Nasa, no Deep Space Network.
 
No ano 40.272, sim, daqui a mais de 38 mil anos, a Voyager 1 se aproximará da estrela mais próxima em seu atual curso. A sonda estará então dentro de 1,7 ano-luz de uma estrela pequena da constelação de Ursa Menor, chamada AC+79 3888, afirma a Nasa em seu site.
 
 
 
Fonte: Terra